Os regulamentadores da União Europeia aplicaram neste mês de janeiro mais de milhões em multas à Meta, controladora do Facebook, por violações de privacidade e proibiram a empresa de forçar os usuários do bloco de 27 nações a concordar com anúncios personalizados com base em suas atividades online.
A Comissão de Proteção de Dados da Irlanda (DCP) intimou duas multas no valor total de 390 milhões de euros (US$ 414 milhões ou R$ 2,2 bilhões) em sua decisão em dois casos que podem abalar o modelo de negócios da Meta de fragmentar usuários com anúncios a base no que eles fazem online. A Meta diz que vai recorrer.
Um terceiro caso envolvendo o WhatsApp da Meta espera por uma decisão para o final deste mês.
As regras de privacidade da União Europeia são algumas das mais rígidas do mundo. A Meta e outras grandes empresas de tecnologia estão sob pressão delas, reguladores irlandeses já aplicaram à Meta mais quatro multas por violações de privacidade de dados desde 2021, que chegam á quase um bilhão de euros, e também várias empresas do Vale do Silício estão com uma série de outros casos abertos.
Achou pouco? A Meta também enfrenta dores de cabeça regulatórias de autoridades antitruste da União Europeia em Bruxelas, enfrentando gigantes da tecnologia: eles acusaram a empresa de distorcer a concorrência em anúncios classificados.
O principal regulador europeu de privacidade de dados da Meta, órgão regulador irlandês, multou a empresa em 210 milhões de euros por violações das regras de privacidade de dados da UE envolvendo o Facebook e mais 180 milhões de euros por violações envolvendo o Instagram.
A decisão decorre de reclamações apresentadas em maio de 2018, quando as regras de privacidade do bloco de 27 nações, conhecidas como Regulamento Geral de Proteção de Dados, ou GDPR, entraram em vigor.
Especialista analisou o possível futuro da Meta
